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A vida é uma peça

A vida nos ensina, nos prega peças, nos coloca diante de cenários que nem sempre estávamos preparados para encarar. A vida é este eterno movimento.  Nós, na condição de   humanos, demasiadamente humanos somos dotados de surpresas, de princípios, de valores, de preceitos éticos e morais que são essenciais a cada um de nós, portanto, faz parte da centelha divina, somos parte do criador, do arquiteto do universo. 

Cada um de nós tem a sua própria essência, constrói o seu próprio caminho, faz a sua própria história. Nem interim é comum erramos e acertamos, mas quem nunca errou na vida, nem nunca cometeu um erro.  A minha jornada é diferente da sua, somos seres com particularidades, com identidade própria. Todos nós estamos evoluindo.   Muitas vezes nos decepcionamos com as atitudes dos outros, seja por causa da falta de empatia, compaixão ou respeito. Quando isso acontece, é importante lembrar que cada pessoa está em um estágio diferente de sua evolução e que temos a responsabilidade de não julgar ou condenar ninguém.

Portanto, é importante que nós possamos tentar compreender o ponto de vista do outro e buscar a harmonia e o equilíbrio em nossas relações interpessoais. Afinal, somos todos parte de uma mesma consciência universal e estamos aqui para aprendermos uns com os outros. É importante lembrar que as decepções fazem parte da vida e são oportunidades para crescermos e evoluirmos como seres humanos. Ao invés de nos fecharmos para o mundo, devemos manter o coração aberto e cultivar a gratidão pelas experiências que nos são apresentadas. Um forte abraço e um momento glorioso de vida, de existência. 

É fascinante, portanto, citar que não há nada mais relevante na vida de um ser humano do que o amor incondicional e a compaixão pelos outros. Quando aprendemos a ver além das aparências e a reconhecer a divindade em cada ser humano, em cada um de nós podemos superar qualquer decepção e encontrar a paz interior. Que possamos vivenciar a vida na sua mais bela plenitude, transcendência e beleza

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A filosofia enfatiza a relevância de cultivar a empatia e a compreensão do outro, entendendo e perceber a essência do eu do outro. Na realidade isso não significa ignorar, ficar omisso e nem muito menos   justificar comportamentos de caráter prejudicial, mas sim, reconhecer que todos nós na condição de seres racionais enfrentamos todos os dias problemas, barreiras, dificuldades, isto faz parte do cenário do teatro da vida.  Como cita o filósofo contemporâneo Friedrich Nietzsche: “Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida – ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso tem custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o!”. Nós somos responsáveis pela nossa própria história, pelo nosso próprio trajeto de vida.

O desejo de uma vida ética, virtuosa, da busca pelo caminho reto, ilibado, faz parte do ser humano que procura a cada dia se trabalhar, melhorar.  Mas lembre-se, não somos robôs, não podemos estar engessados numa neurose de querer acertar de forma plena a nossa vida, sem cometer erros, isto não existe, somos seres passíveis de enganos, erramos, muitas vezes podemos ser perversos, carrascos com nós mesmos e com o nosso próximo, somos na maioria das vezes cruéis com nós mesmos e com o nosso próximo.

O desenvolvimento da busca de uma qualidade de vida, de uma positivação da existência, da qualidade do bem viver, da coragem, da busca pela vida virtuosa, da honestidade, e da compaixão com o nosso próximo faz parte da vida. Quando nos dedicamos, focamos a nossa vida em se concentrar em cultivar uma vida virtuosa em nós mesmos e nos outros podemos estar cultivando um ambiente de construção, de elevação espiritual, de consciência.  

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Portanto, não se decepcionar com o ser humano requer uma mudança de perspectiva – em vez de focar nas falhas e fraquezas do nosso próximo, se faz necessário entender suas experiências e motivações, seus anseios, seus medos e sua resiliência diante da vida. Ao nos propormos a isso estaremos ampliando a nossa compreensão e aceitação do ser humano como ele é.

Prof. Esp. Júlio di Paula

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Professor

Pós-graduado em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho, graduado em Direito, pós-graduado em Gestão Escolar, graduado em Filosofia, radialista de AM e FM e escritor.

Autor de onze livros nas áreas de autoajuda, filosofia, sociologia, Direito e educação.

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