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Vencendo o desastre pessoal de dentro para fora

Todos nós, em algum momento de nossas vidas, preparados ou não, enfrentaremos situações em que o desastre será uma incômoda e triste realidade. Pode durar alguns dias, anos, ou mesmo toda a vida, caso não seja feito nada para estancar.

Uma boa definição[1] de desastre conforme nossa proposta é o que causa um sofrimento excessivo; desgraça, fatalidade, catástrofe.

Muitas coisas causam todas as sensações e fatos acima descritos. A morte de um ente querido, a perda de um emprego, divórcio, doença, o fim de uma sociedade, falência, acidentes e violência são alguns exemplos de fatores que dão vida ao desastre pessoal.

Deve ser ressaltado que estes elementos em si não são suficientes para formar um estado de desastre pessoal na vida de ninguém, pois necessitam de um estágio emocional ou psicológico já debilitado por fatos anteriores que se acumulam sem serem resolvidos.

Cada pessoa sofrerá os efeitos de forma diferente. As experiências e formas de encarar a vida de outras pessoas não servem como tutorial – quando muito, são mero parâmetro – pois nem sempre é possível ou viável ser objetivo nestes momentos, já que afetam o aspecto subjetivo de um ser humano.

O desastre destruirá projetos, sonhos e qualquer coisa concretizada em sua vida. Só mudarão a intensidade e o tempo.

Então, um mundo belo, estruturado e funcional simplesmente se transforma em ruínas de uma hora para outra. O desespero e a consternação se farão presentes, não necessariamente nessa ordem. Virão outros como a raiva, mágoa, tristeza e grande sensação de impotência diante das circunstâncias.

É como estar sozinho em alto mar e viver lutando para não se afogar, mas não ter forças para alcançar alguma superfície segura.

Aí se pode começar a captar a forma de se superar o desastre pessoal. Tal como em alto mar, isolado, não há quem possa te salvar, pois no máximo haverá pessoas próximas que poderão te estimular a não desistir, usarão palavras de encorajamento, chamarão socorro que pode demorar, não te alcançar ou mesmo nem vir.

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Em tese, até pode ser que alguém mergulhe para te salvar, mas além de ser uma coisa rara e inesperada, sem preparo daquele que se propõe a ajudar, não adiantará nada, além de haver possibilidade de dois, ao invés de um, afogarem-se em meio aos desastres.

Esperar a salvação do mundo e seus agentes externos é um grande passo para a derrocada definitiva. Há limites em que estes não conseguem penetrar e estender a mão ou quebrar as paredes e grades. Criar a expectativa de ajuda externa como a forma correta de se ajudar gerará expectativa, levará a inércia e o fim estará decretado.

Não existe outro meio de se salvar ou se reerguer de um desastre pessoal que não venha de dentro de si mesmo. Muitos são os passos, e certamente serão cansativos. É preciso uma revolução de dentro para fora, nunca o contrário.

Aceite o fato: o desastre aconteceu e você está preso no seu mundo de ruínas. Por mais sentimentos negativos que existam, não os negue: viva-os e sinta-os até que eles sejam extirpados (não se cura uma infecção sem dor ou incômodos).

Reflita sobre o que aconteceu e o que levou ao ocorrido. Extraia lições. Mire o pensamento e as ações aonde quer chegar e se despeça de lugares, ideias, planos, conceitos e crenças que caíram em ruínas, pois se fossem realmente boas, sobreviveriam ao desastre pessoal vivido.

Reconstrua-se. Eleve o próprio padrão. Respeite o seu tempo e as suas limitações, mas expanda as possibilidades de desenvolvimento tendo como base a maturidade e experiência adquiridas. Ouça e sinta o mundo e agentes externos que estimulam, mas tenha ciência de que eles não poderão fazer mais que isso. Persevere. Repita todo o processo até ver a luz do mundo externo novamente.

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Jamais se acomode. Embora seja uma grande vitória se reconstruir após um desastre pessoal, tenha sempre em mente que a acomodação é uma porta de entrada para novos problemas que poderão repetir tudo que de ruim acontece. Não comemore para sempre, nem queira viver como um eterno sentinela ou um Guarda Real. Encontre o equilíbrio entre as duas coisas.

Assim, esteja preparado para eventos que podem gerar desastre pessoal e arruinar toda uma vida. Em maior ou menor grau, acontecerão. Mas tenha em mente também que sempre será possível sair dele e retomar os rumos de sua vida. Mas para isto, revolucione sua vida, começando dentro de si, quebrando paradigmas, crenças, (pre)conceitos e ideias fixas até que a luz do dia seja vista novamente.

[1] https://www.dicio.com.br/desastre/

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Thiago Araújo atua no Direito privado, mais precisamente nos ramos do Direito Imobiliário, Direito do Consumidor, Direito Empresarial e Direito Civil com o propósito de solucionar demandas de maneira satisfatória e justa, evitando ao máximo o desgaste psicológico e desperdício de recursos. Assim, buscamos soluções preventivas, sem deixar de atuar em litígios nas esferas judicial e administrativa, com o diferencial de promover o diálogo e entendimento sempre que possíveis.

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1 comentário em “Vencendo o desastre pessoal de dentro para fora”

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