O ser humano só se torna verdadeiramente humano pela educação – Immanuel Kant
A educação tem um caráter político e ideológico, social e histórico e porque não dizer de raízes culturais, de um tempo, de uma história, não tem como nós estarmos fora disso, faz parte da relação dos mecanismos dialéticos e dinâmicos frente ao papel da educação e da formação do cidadão. Educação é política, faz parte da construção de cada um de nós, da sociedade, dos valores sociais e ideológicos.
A educação no nosso país é constituída de uma base política pedagógica e ideológica, como também elencada aos interesses da sociedade. A priori deixo aqui de forma clara e sucinta que não tem como sermos contrários a esta questão, nem muito menos ignorarmos, pois esta política pedagógica nada mais é do que o projeto educacional constituído e referendado a todo um ciclo de debates curriculares e metodológicos.
Toda educação tem como base o elemento político ideológico onde a base dialética de debates de uma construção entre professores, alunos, gestores e sociedade sempre será inacabada. A educação faz parte desta construção de princípios axiológicos e de práxis ligadas a um segmento cultural e analítico, pautada numa ramificação moral cultural diante da sua pluralidade de comportamento, de crenças e princípios, como também voltada a uma raiz social e histórica que tem que ser respeitada por todos e discutida no seu mais amplo portal democrático.
Claro que não estou elencando aqui nenhum segmento partidário, “a” ou “b” na sua tradição comum de representação de um povo. Não é esta a bandeira que aqui quero defender. O que a priori questiono e levanto algumas ressalvas é no que traz como matriz principal do texto sobre a nossa educação e seu planejamento didático pedagógico que como todos nós sabemos faz parte de um elemento constitutivo político, pois o ser humano é um animal político, é um ser racional com capacidade cognitiva e capaz de racionar, discutir e transformar o seu meio.
O projeto político pedagógico tem que estar alicerçado diante de um processo de discussão continuada e inacabada. Pois é através da matriz do debate e dos posicionamentos na seara da educação que temos a condição de visualizar o que melhor se aplica na nossa educação, nas nossas escolas de uma forma geral.
A escola pública tem passado por um momento de transformação política e reflexiva, um novo olhar tem sido lançado com uma nova lente crítica e construtiva. Mudanças e de certo modo uma ação de estranhamento tem repercutido nos portais da nossa educação. Os nossos gestores e a comunidade de uma forma geral tem se preocupado sobre a nossa educação hoje e tem lançado a excelência dos debates e das críticas que são mais do que nunca necessárias a uma educação de qualidade.
A ideia de um projeto político–pedagógico é exatamente o ato de se remeter a uma política educacional que tem se preocupado cada vez mais com o elemento básico de construção da educação vigente. É preciso refletirmos sobre a postura das nossas escolas, em especial as escolas públicas, diante dos métodos aplicados, dos parâmetros curriculares e dos recursos constituídos O para a educação.
Que escola nós temos, que escola queremos, esta tem sido uma das bandeiras levantadas por diretores, professores, gestores educacionais de uma forma geral Os projetos políticos pedagógicos mais devem ter a excelência de trabalhar o que real na nossa educação, chega de projetos ideológicos utópicos e fora da nossa realidade, do que não se pode aplicar.
É preciso pensar numa educação calcada dentro de uma realidade entre escola e comunidade, entre sociedade e sua matriz cultura e geográfica como também norteada diante da sua política e interesses sociais (educação, saúde, segurança) para que juntos possamos trabalhar uma educação verdadeiramente inovadora de princípios voltados a uma realização vivenciada e concreta da sociedade que se vive.
Os projetos políticos pedagógicos devem mais do que nunca estar voltado a uma construção ética de valores, da formação de um indivíduo critico, autônomo, que traz na sua formação a base de um cidadão conhecedor dos seus direitos e responsável pelos seus deveres.
A escola mais do que nunca pode e deve fazer parte juntamente com o seio da família ser a que inicialmente impulsiona e forma o cidadão para o mundo de construção. Mundo este inacabado, repleto de ideologias, de utopias, de paradigmas e dogmas. Cabe ao professor, aos gestores de uma forma geral serem e estarem juntos da base familiar aplicar mecanismo não só de formação e instrução do indivíduo como também ter a base da educação familiar como ferramentas de crescimento do ser na sociedade que o constitui.
O projeto político pedagógico de uma escola é exatamente este processo de ação e exigências legais da educação e o fim que se pretende atingir tem mais do que nunca ser alcançado. É possível pensar em mudanças educacionais na sua mais profunda e complexa teoria e prática aplicada. A gestão pedagógica e a comunidade de uma forma geral tem que estar junta diante deste desenvolvimento ideológico de ação e movimento na educação.
Educação é construção, é diferenças e crescimento. Nós na condição de educadores, de amante do conhecimento, da escola, da formação do conhecimento formal do profissional que se projeta no mercado somos responsáveis e ao mesmo tempo vaidoso diante de tantos retornos positivos de grandes mestres e profissionais que formam graças ao professor, ao que acreditou também que um dia este seria um grande homem, uma grande mulher.
Pós-graduado em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho, graduado em Direito, pós-graduado em Gestão Escolar, graduado em Filosofia, radialista de AM e FM e escritor.
Autor de onze livros nas áreas de autoajuda, filosofia, sociologia, Direito e educação.
