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A violência urbana

A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota. Jean-Paul Sartre

Tratar sobre o tema da violência é de extrema complexidade, o que nos remete a uma meditação, a uma reflexão sobre uma questão delicada e que envolve a todos nós. Esta questão que emerge para os arrepios do caos, da desordem e da insegurança nos leva a um despertar da segurança do nosso país, a um questionamento sobre a gestão dos nossos governantes, dos nossos poderes constituídos: executivo, legislativo e judiciário. Este tema nos faz debruçar sobre os livros, filmes, jornais, rádio e a pesquisa, nos desperta a uma investigação sobre “a violência urbana” que assola cada vez mais a nossa sociedade. Com isto tem-se realizado um trabalho ostensivo, todos juntos em busca de soluções, compreendendo com isto as causas e as consequências desta ação perversa que tanto preocupa ao cidadão de bem.

O homem como animal, constituído de razão, de discernimento, de capacidade cognitiva, como ser social, elemento da construção da história da sua própria história se comporta de acordo com os seus interesses pessoais e coletivos. O princípio sociológico faz parte da soma de conhecimento humano, da riqueza do conjunto de ideias, crenças, costumes, valores, princípios éticos e morais, arte e tecnologia. Os padrões culturais de um povo, suas atitudes, sua fé, sua religiosidade, está calcado na soma de gerações, de sua gente, de seu clã, de sua tribo, de sua região, de seu país.

Diversas bandeiras tem sido levantada sobre este tema no nosso pais e no mundo a “violência urbana”. Estudiosos sobre este assunto como juristas, psicólogos, sociólogos, políticos, antropólogos, historiadores, profissionais na área da segurança pública, policiais civis, militares e outros órgãos tem levantado a bandeira sobre esta questão que muito nos preocupa.

A violência se manifesta de várias maneiras, seja de forma direta e indireta, entre pessoas mais intimas como também entre estranhos.Todos nós em algum momento de nossas vidas podemos vivenciar, sermos vítimas de forma direta desta realidade, estamos de certo modo reféns deste crime que vitimiza todos nós, não interessando o poder aquisitivo, todo cidadão está vítima neste momento deste ato continuo de violência, de perversidade, de barbárie contra o ser humano, de covardia, de descaso, de desrespeito. As nossas vidas cada vez mais perdem o sentido nas mãos daqueles que fazem o mal, que nos tira a vida ou que nos deixam sequelas para sempre marcadas pelo domínio do pânico, do pavor, da ameaça, do descaso.

Infelizmente nos deparamos com um quadro critico de violência cada vez mais preocupante: seja nas redes sociais, nos estádios de futebol, nas ideologias religiosas diante do fanatismo dos seus fiéis, seja através da pratica do racismo, dos conflitos familiares, de vizinhos, entre homens que maltratam as suas companheiras, onde este dado estatístico tem sido cada vez mais expressivo no nosso pais.

A violência contra a mulher se dá não somente na zona urbana como também nas áreas ruralistas, este tem sido um tema que muito tem preocupado a sociedade pelos relatos que são apresentados pelas autoridades de proteção a mulher e alto grau de violência praticado contra elas.É lamentável mais ainda temos um auto número de dados estatísticos de violência domestica contra a mulher, muitas das mulheres que são vítimas desta prática tem denunciado aos órgãos competentes, pois não mais se permite o silencio, o anonimato, as mulheres resolveram falar, denunciar, esta prática sofridas nas diversas fases da vida.

As mulheres são vítimas diretas do crime de estupro, da violência doméstica referenda hoje na Lei 11.340/2006 conhecida popularmente como Lei Maria da Penha. Estas e outras formas de pratica de abuso contra a crianças e adolescentes tem preocupado as autoridades, com isto conta-se também com a Lei Nº 8.069/ 90 (ECA) Estatuto da Criança e do Adolescente.

Não podemos deixar de apresentar aqui um outro cenário de violência que muito preocupa a sociedade, como a prática da tortura fundamentada na Lei Nº 9.455/1997, do abuso contra o idoso – Lei No10.741/ 2003. E não podemos deixar de referendar aqui a Lei 10.671/2003, conhecida como Estatuto de Defesa do Torcedor. Estas e outras práticas de violência infelizmente rondam as nossas vidas, o nosso cotidiano para isto faz-se necessário o Estado agir para coibir a violência no nosso país, é necessário que medida mais que urgentes seja tomadas, o pais precisa tomar o seu caminho diante da paz, da harmonia, da garantia do ir e vir do cidadão.

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Infelizmente todos nós estamos vulneráveis a esta pratica da violência, o nosso pais tem se tornado cada vez mais violento, os índices apresentados sobre a violência tem preocupado a todos, estamos vivenciando um caos social ou porque não dizer uma guerra social. Cada vez mais nos deparamos com a onda de criminalidade praticada por homens e mulheres, nunca as presídios estiveram tão lotados com o alto índice de estatísticas de pessoas que cometeram um contravenção penal, seja um homicídio, tráfico de drogas, assaltos seguidos de morte, enfim a vida do ser humano tem se torna insignificante.

Ao nos deparamos com os bastidores da mídia, nos vem logo de imediato um sentimento de frieza diante das ações perversas do ser humano, com isto nos vem o desconforto, o medo, o temor e ao mesmo tempo um despertar de um sentimento de “ódio”, de “incapacidade”, de impotência e que a sociedade se sentir refém diante da marginalidade que impera hoje entre jovens, adultos, homens e mulher.

A droga tem sido o carro chefe diante de muitos crimes cometidos na nossa sociedade. A Policia Federal, Civil e a Policia Militar, todos juntos tem se articulado na luta contra o narcotráfico, o tráfico de droga. Este tem sido um campo complexo de estudo e análise das autoridades, pois não tenhamos dúvidas de que aquele que compra a droga também financia o crime, com isto traz o terror as comunidade e não deixa com que a paz prolifere. A origem da violência urbana nas grandes cidades tem sido por conta desta comercialização ilícita de drogas e de sua diversidade.

A mídia lança diariamente diante dos veículos de comunicação como: televisão, rádio, jornais impressos e redes sociais um rosado de crimes que acontecem diariamente nas grandes cidades como também nos interiores dos estados onde paira sobre nós o reflexo da insegurança, da angústia e incapacidade de não podermos fazer muito diante dos fatos que nos são apresentados cotidianamente. O cidadão vive hoje diante de um quadro alarmante de pânico, de pavor social, o medo.

O número de práticas de delitos apresentados a título de estatísticas tem cada vez mais surpreendido a população brasileira. Estes dados fazem parte de todas as classes sociais, infelizmente todos nós estamos reféns desta onda de crimes (homicídio (Art. 121 do CP), estupro (artigo 213 do CP), tráfico de pessoas , roubo (Art. 157 do CP) , furto (Art.155 do CP), drogas (Lei 11.343/06) etc.

Faz-se necessário que nós na condição de cidadãos, que elegemos os nossos representantes, que cumprimos a obrigação do voto, que pagamos os nossos tributos, impostos cada vez mais altos, os nossos deveres sociais, que fazemos valer aquilo que diz a nossa Carta Magna (Constituição da República Federativa do Brasil de 1988) devemos todos reunidos em uma só política ideológica de alguma forma buscar uma solução para tamanho transtorno da nossa sociedade, que é a insegurança de ir e vir. Portanto, faz-se necessário que toda a sociedade, juntos com os órgãos competentes da Segurança Pública, das Ações Sociais, das ONGs, dos políticos, dos membros religiosos, dos educadores, dos jornalistas, dos policiais, delegados, magistrados, autoridades competentes possam em união estar diante desta busca de alternativa de tentar de alguma forma arquitetar e planejar soluções sobre as possíveis maneiras de como amenizar a violência que nos deparamos cotidianamente.

Claro que esta busca de soluções para resolver o alto índice de criminalidade que nós estamos vivenciando não se trata de nenhuma utopia, mas algo possível de tentarmos de alguma forma amenizar o caos social que estamos vivenciando. Como bem cita o Papa João Paulo II (19202005 – in memoriam) “A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano ”. A CF/88 relata com relevância social em seu Art. 1º , III – a dignidade da pessoa humana, a valoração do ser, do ser humano, da sua dignidade. Dignidade esta que não pode ser violada, tem que ser respeitada por todos. O filósofo existencialista Jean-Paul Sartre (1905-1980) diz que o ser humano é um ser fadado a liberdade, é um ser condenado a ser livre, para este pensador o homem é responsável por aquilo que ele mesmo se constitui.

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Estamos portanto falando de um ser de livre arbítrio, que tem a capacidade de fazer as suas próprias escolhas, estamos constantemente fazendo seleções, opinando, decidindo. Portanto faz-se necessário retomarmos sobre a grande questão da violência urbana que tanto preocupa a nossa sociedade, às nossas gerações, aos jovens vítimas deste cenário perverso, criminoso, cruel e porque não dizer bárbaro. Estaríamos nós voltando a barbárie? O que fazer diante de tamanha violência que assola de forma

Chega de violência, temos que dar um basta a corrupção política do nosso pais, daqueles que nos representam, sejam senadores, deputados, vereadores, prefeitos, governadores, presidente da república, chega desta corrupção desenfreada, desta lavagem de dinheiro, do desvio de verbas, dos enriquecimentos ilícitos dos empresários, chega de tanta roubalheira, nós como cidadãos não suportamos mais esta violência que assistimos todos os dias e ficamos de mãos atadas.

Tudo isto faz parte do cenário e do reflexo da violência urbana que nós estamos sofrendo, tudo isto faz parte desta má distribuição de renda, da falta de estudos de muitos que estão fora da escola, do alto índice de analfabetismo, da ignorância política, do nosso silencio, da nossa omissão.

 A falta de respeito às autoridades, o destemor dos marginais tem causado insegurança ao cidadão. As pessoas estão vivenciado uma série de crimes e assassinatos, assaltos, estupros e demais tipos de violência o que leva o cidadão a vivenciar o que chamamos hoje de pânico social. Estamos temendo a tudo e a todos. Não conseguimos mais confiar nas pessoas, somos reféns desta cultura da marginalidade que parece cada vez mais crescer e refletir no algo grau de estatísticas da máfia do crime, da corrupção, da insegurança social, do temor do simples ato do cidadão ir e vir.

Não podemos mais estar presos nos nossos próprios lares, onde ouvimos do homem simples: “Enquanto o cidadão está preso por traz das grades da sua própria casa, o marginal está solto, transitando e lançando diante da população o medo”. A humanidade evolui, como todos nós sabemos, a transição do homem rural para as grandes cidades foi expressiva. Desde as décadas passadas no processo natural de evolução e de necessidade do cidadão de trabalhar e buscar o seu sustento para nutrir o alimento básicas dos seus familiares até hoje tivemos uma mudança significativa da transição do homem do campo para as grandes cidades, claro que esta passagem se deu exatamente por uma grande situação inevitável, pela miséria constituída, pela fome, pela falta de trabalho.

Mas como todos nós sabemos toda mudança tem o seu preço. As cidades não estavam preparadas para receber tantas pessoas que se encontravam em posição desconfortável, de desemprego, dai a transferência destes cidadãos para as áreas da periferia pois a cidade não comportava tantas pessoas desempregadas, desassistidas, o Estado não tinha como abrigar todos diante da cidade.

Dentro deste descompasso pela falta de educação, de formação educacional, de qualificação para o trabalho, pela ausência da atividade de labor, jovens são envolvido no tráfico de drogas, na violência do narcotráfico, de um caminho perigoso. Os homens, de baixa escolaridade, sem expectativas do que fazer, sem sonho e anseios para conquistar o seus sonhos por seus próprio esforços e dedicação são os que mais se envolvem inicialmente nesta prática da criminalidade, do mundo das drogas, pessoas de pouca condição econômica, infelizmente são seduzidas para um mundo cruel.

Infelizmente as crianças, adolescentes e jovens muitos deles pobres e até mesmo miseráveis, afrodescendentes na sua grande maioria, são os que estão no maior grau de vulnerabilidade diante do crime, ou como vítima ou como autor.

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Professor

Pós-graduado em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho, graduado em Direito, pós-graduado em Gestão Escolar, graduado em Filosofia, radialista de AM e FM e escritor.

Autor de onze livros nas áreas de autoajuda, filosofia, sociologia, Direito e educação.

Vamos somar juntos

4 comentários em “A violência urbana”

  1. Francisco Anderson

    Francisco Anderson da silva Almeida .cursando tecnico em administração no centro de ensino grau tecnico. Violência um tema sempre comentado nos jornais hoje em dia, incrivel como todo dia morre pessoas, incrivel como a criminalidade e o indice de homicidio só cresce. Necessário seriam leis mais ragidas e medidas severas. Ótimo texto…

  2. Acredito que a violência urbana está muito ligada a falta de perspectiva de vida, que o indivíduo se faz aceitar, que está ligada a diversos fatores sociais que não contribuem para uma vida saudável e digna. É uma pena pessoas escolherem um lado que não as o favorecem, na verdade não favorece a ninguém e por isso mesmo não dá para entender o por que de não haver mudança neste fato que assola a população.
    Estudante téc. em administração, Grau Técnico.

  3. edylania teixeira de medeiros

    Hoje e dificil não falarmos da violência, não entendo como alguns seres humanos tem dentro de si a vontade de fazer o mal para os outros, como pode existir gente tao prevensa que traz na mente tanta maldade. É preciso leis mais rigidas e que a sociedade em geral possa colocar no coração os ensinamentos do nosso Deus e deixamos de lado o preoconceitos por que somos todos em quais perante a ele.edylania medeiros cursando tecnico de administração em grau tecnic bezerra de menezes.

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